segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Adoção

Nossa história teve início há cerca de 18 anos atrás, quando nos conhecemos (eu e meu esposo), namoramos 09 anos e num certo momento de nosso namoro fiquei sabendo que ele tinha sido curado de um câncer que teve aos 18 anos de idade, após tratamento, radioterapia, quimioterapia e muito, mas muito sofrimento...Com o passar do tempo, algumas preocupações foram surgindo, pois existia a possibilidade do tratamento ter comprometido sua fertilidade, tornondo-o estéril e infelizmente isso ocorreu, na época fui a primeira pessoa a ficar sabendo e de certa forma não víamos problema nisso, pelo contrário, parecia que nos uníamos cada vez mais, pois a fé em Deus nos alimentava de esperanças de que tudo iria acontecer da melhor forma e no momento certo, ou seja, NO MOMENTO DE DEUS, a única coisa que me afligia era o fato de não ter contado o ocorrido para a minha mãe, até o momento que criei coragem e conversei com ela sobre o assunto e, como sempre, ela me surpreendeu me apoiando e me dando forças para tomar qualquer que fosse a decisão em relação a filhos, isso para mim foi muito importante e me encorajou ainda mais para enfrentar a situação.

Após um tempo, nos casamos e durante 2 ou 3 anos curtimos o casamento, nossa casa, enfim, passeávamos muito, até que um dia decidimos, juntos, começarmos a pensar na possibilidade de ter filhos, meu esposo repetiu inúmeras vezes alguns exames e eu tb fiz muitos. Procuramos inúmeras clínicas especializadas em fertilização e a resposta que tínhamos era sempre a mesma, a possibilidade de termos filhos biológicos era remota, a não ser por um “milagre”. Foi aí que decidimos juntos que adotaríamos um filho e começamos a pesquisar tudo sobre o assunto, o mais importante é que a decisão era de nós dois e tinha apoio total da nossa família, que nos dava muita força para iniciar um processo nada fácil e, sobretudo, muito demorado. Um belo dia procuramos a Vara da Infância e da Juventude de nossa cidade e lá conversamos com a Assistente Social de plantão que nos orientou sobre as providências a serem tomadas, eram inúmeros os documentos necessários, declarações diversas, etc. A partir deste dia nos sentimos ainda mais motivados para alcançar esse objetivo tão importante, junto com toda documentação, tínhamos a tarefa de fazer algumas escolhas relacionadas ao sexo, idade, características físicas entre outras do bebê e fizemos tudo isso e, sempre confiantes de que tudo ia dar certo. Chegou o dia tão esperado de apresentarmos a documentação e sermos entrevistados pela Psicóloga do Fórum, estávamos bastante ansiosos e curiosos para saber quais eram as perguntas que teríamos que responder e qual seria o desfecho da entrevista. Graças a Deus, tudo deu certo e a nossa escolha era adotar uma menina. Após um tempo tivemos a resposta de que o nosso processo havia sido aprovado e que precisávamos apenas esperar por uma criança. Para a nossa ilusória felicidade, isso não demorou para acontecer, foi no mês de dezembro de 2003, fomos avisados de que uma menina estava disponível para ser adotada, quando chegamos no prédio da Vara da Infância e da Juventude, tivemos a oportunidade de ver uma foto da criança e infelizmente, não por características físicas e sim por coisas que não conseguimos explicar não quisemos adotar aquela criança, voltamos para casa frustrados e muito tristes, pois não teríamos nossa filha para passar o Natal conosco e isso nos causou inúmeras desilusões em relação ao processo de adoção, fomos rotulados de que não tínhamos condições e não estávamos preparados para adotar uma criança e sobre isso prefiro não escrever muito, pois nos remete momentos de muita tristeza, mágoa e sobretudo sofrimento. Como dissemos há algumas linhas atrás, tudo acontece no MOMENTO DE DEUS, depois desse período tão obscuro, nos apegamos ainda mais a Deus e começamos tudo novamente, ou seja, enviávamos cópias do nosso processo para Comarcas de outras cidades com a esperança de que nossa filha iria chegar a qualquer momento e isso aconteceu, em junho de 2004 fomos avisados de que nossa querida e amada filha havia nascido e sem obter qualquer informação a respeito dela (cor, peso, estatura, características físicas etc) fomos ao seu encontro e podemos afirmar que foi um acontecimento inesquecível e acima de tudo MÁGICO, assim que tivemos a oportunidade de conhecê-la nos apaixonamos e desde então tínhamos a certeza de que era aquela a nossa filha e que era aquele o momento tão esperado – O MOMENTO DE DEUS.

Atualmente nossa filha tem 05 anos e podemos afirmar que é a razão do nosso viver, ela é extremamente carinhosa e com o passar desses anos ouvimos falar sempre que ela é muito parecida comigo (jeito de ser, de falar, até gestos que ela faz com a boca, enfim, inúmeras coisinhas que acontecem no dia a dia), vale lembrar também que em relação às características físicas, ela é muito parecida com o nosso sobrinho de 09 anos.

Sempre que lembramos de tudo que passamos, ficamos emocionados e felizes, pois temos conosco um tesouro, o nosso maior tesouro, que é a nossa querida e amada filha, falamos para ela que é filha do coração e quando ela nos faz questões relacionadas à fatos de quando ela era bebê podemos responder, pois a adotamos quando ela tinha apenas 03 dias de vida e temos em mente que ela saberá de toda a sua história, pois essa história pertence a nós três.

Temos o maior prazer em falar com pessoas que nos procuram para saber sobre o processo de adoção, explicamos todas as etapas pelas quais passamos, dizemos o quanto nos sentimos realizados e felizes por termos nossa filha e sempre que podemos, tentamos ajudar essas pessoas a compreender o verdadeiro significado da adoção que não é “pegar uma criança para criar”, não é “praticar um ato de solidariedade” e sim “ter um filho”, pois sabemos que foi Deus quem preparou a nossa filha para “ser nossa filha” e era assim que tinha que ser...

Esperamos ter podido colaborar um pouquinho e tocar no coração de algumas pessoas com a nossa história, acreditamos muito no destino e sabemos que o nosso foi escrito por Deus dessa forma e por isso seremos eternamente gratos e temos a certeza de que se tiverem fé, mas muita fé e acreditarem no Pai, também serão agraciados e nunca se esqueçam que isso, como diz meu irmão, acontecerá apenas no MOMENTO DE DEUS.

Um beijo no coração de todas as MÃES SE DEUS ASSIM PERMITIR... e vai permitir, basta confiar...


F.O.S.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Debates

Este espaço estou abrindo para que possamos debater os variados temas adoção, fertilidade, IA, FIV, depressão, aborto, e tambem para expor nossas ideias e sentimentos. Este espaço é livre, sugestao e comtario tambem valem. Para escrever basta clicar em comentarios colocar o email, (para quem tem orkut é só colocar o email cadstrado lá)ou outro email e escrever sua sugestao, seu comentario e tudo mais que queira desabafar.
Um beijo a todas e estou no aguardo de seus cometarios
Tatiana

sábado, 7 de novembro de 2009

Dicionario

Olá estou postando um dicionario sobre algumas cosinhas que todo mundo sempre quer saber fertilização, inseninação, entre outras coisas, tudo o que estou posntando foi tirado da internet que achei no google, ok.
entao lá vai.
Fertilidade é o termo empregado para categorizar a capacidade de produzir vida. Pode referir-se aos animais ou plantas aptos para a reprodução ou a um tipo de solo, água, ou clima, com características que permitam manter animais ou vegetais em abundância.
Deuses da fertilidade
Devido a clara importância da terra no início da vida coletiva humana, especialmente na Antiguidade, e da reprodução quase que obrigatória devido a alta taxa de mortalidade, o termo fertilidade está sempre associado a uma figura divina, na maioria uma figura feminina, complementando a indicação do dever da gestação feminina.
Algumas destas divindades ligadas à fertilidade eram:
• Bona Dea (Boa Deusa) - na mitologia romana
• Akna (a "mãe") - na mitologia inuíte e Mitologia maia
• Pinga - na mitologia inuíte
• Xipe Totec - na mitologia asteca
• Epona - na mitologia céltica e romana
• Orixá Okô- religiões da África subsaariana
• Oxum - religiões de origem africana no Brasil
• Cernunnos - mitologia celtas
• Ishtar - acádios e sumérios
• Inanna - sumérios
• Easter - mitologia nórdica
• Reia - gregos e romanos
• Cíbele - Na Ásia Menor com Curetes ou Coribantes e Europa com gregos e romanos.
• No Antigo Egito: Anuket, Bes, Khnum, Hapi, Min, Meskhenet, Nefertum, Ptah, Satet e Sekhmet estávam ligados a fertilidade.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilidade"
Infertilidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
A esterilidade ou infertilidade é uma condição normalmente reversível que impede a concepção. Enquanto que infertilidade representa a incapacidade de conceber após um ano de relações sexuais não protegidas (seis meses se a mulher tem mais de 35 anos de idade) ou a incapacidade de manter a gravidez até o termo, a esterilidade é a total incapacidade de um homem ou mulher de gerar filhos biológicos devido a limitações em seus sistemas reprodutores. Assim, utilizamos o termo esterilidade quando queremos relatar incapacidade absoluta (total) do casal conseguir ter filhos (um exemplo seria a ausência total de espermatozóides nos testículos - condição denominada de azoospermia secretora. Nesse caso seria preciso utilizar espermatozóides de um doador para conseguir ter filhos). Já o termo infertilidade é utilizado quando queremos relatar a incapacidade temporária de conseguir a gravidez. Também precisamos notar que a definição de infertilidade leva em conta dados de fertilidade populacional. Esses dados são inferidos de estudos populacionais em que se mede a taxa de fertilidade ao longo do tempo. Os Hutterites, uma comunidade cristã com origem na Europa Central, foram extensivamente estudados com relação a fertilidade, quando migraram para Dakota do Sul nos EUA, em 1870. A taxa de fecundidade dessa população era bem elevada. Era proibido evitar a gravidez. As mães tinham em média 10 a 12 filhos num período relativamente curto de sua existência. Foi a partir desses dados (taxa de fecundidade ou fertilidade em populações livres para engravidar o quanto quisessem) que concluímos, de forma comparativa, o conceito de infertilidade - é o casal que não engravida apesar de ter pelo menos três relações sexuais por mês, sendo uma delas no período fértil, sem uso de quaisquer métodos contraceptivos. Essa convivência deve ser de pelo menos 1 ano para as mulheres com menos de 35 anos, segundo os critérios da América do Norte e Canadá. Já com relação à Europa o tempo de convivência deve ser de pelo menos 2 anos.
Ciclo uterino
O endométrio, sendo a estrutura onde o embrião se deve fixar a fim de completar o seu desenvolvimento, é então uma estrutura que sofre importantes modificações. Ocorre então:
Fase menstrual (Início da fase folicular do ciclo ovárico) – em que ocorre a descamação da maior parte do Endométrio, que como é um tecido muito vascularizado, vai apresentar algumas hemorragias por rompimento destes vasos sanguíneos. Sendo os fragmentos do Endométrio e algum sangue eliminados através da vagina para o exterior, originando o Fluxo Menstrual (chamado muitas vezes erradamente sangue).
Fase proliferativa – terminada a eliminação do tecido velho, as células do Endométrio que restou voltam a multiplicar-se promovendo a sua regeneração. Neste tecido em formação formam-se glândulas tubulares e restabelece-se a rede de vasos sanguíneos.
Fase secretora – a espessura do Endométrio atinge um aumento tal que as suas glândulas vão terminar o desenvolvimento, tornando-se mais sinuosas e ramificadas, começando a segregar glicogénio e muco. Ficando o útero preparado para uma possível Nidação, caso tal não aconteça, reinicia-se o ciclo.
Regulação hormonal na mulher
A GnRH produzida pelo Hipotálamo vai estimular a produção de FSH e algum LH pela Hipófise. Estas hormonas que têm como órgão alvo os ovários, vão estimular neste a Fase Folicular e por consequência a produção de estrogénios (produzidos pelas células foliculares e pela teca interna e mais tarde pelo corpo amarelo, o seu principal órgão alvo é o útero). Estes Estrogénios vão actuar no útero estimulando a Fase Proliferativa em que vai ocorrer o espessamento do Endométrio juntamente com o desenvolvimento das glândulas tubulares e vasos sanguíneos.
Durante a Fase Folicular, a concentração de estrogénios vai ser mantida mais ou menos constante graças a um processo de Retroacção Negativa ou Feed-Back Negativo. Neste processo, o aumento de estrogénios inibe a produção de GnRH e por sua vez de FSH. Baixando a concentração desta hormona, diminui a produção de Estrogénios, que por sua vez ao baixar a sua concentração no sangue vai estimular a produção de GnRH que estimula a produção de FSH, levando de novo ao aumento da produção de Estrogénios, e assim sucessivamente. Até que por volta do final da fase folicular um aumento brusco dos Estrogénios vai provocar uma Retroacção Positiva ou Feed-Back Positivo, a tal ponto que vai estimular ainda mais o Hipotálamo a produzir GnRH que por consequência estimula mais a produção de FSH e muito especialmente de LH que vão desencadear no ovário a ovulação (+/- 14º dia do ciclo). A grande concentração de LH estimula a passagem do folículo a corpo amarelo (Fase Luteínica) e para além da produção de Estrogénios passa também a produzir-se Progesterona (produzida pelo corpo amarelo tem também como seu principal órgão alvo o útero). Esta hormona para além de continuar a estimular o espessamento do Endométrio vai estimular a secreção das glândulas do Endométrio, Fase Secretora.
O aumento da concentração de Progesterona e Estrogénios vai inibir a produção de GnRH pelo Hipotálamo (feed-back negativo) que vai inibir a produção de FSH e LH; deixando esta última hormona de ser produzida, o corpo amarelo regride começando a degenerar e inibe-se a produção de Estrogénios e Progesterona. Sem estas hormonas, o Endométrio deixa de ser estimulado e por consequência diminui o fornecimento de nutrientes às suas células por contracção dos seus vasos sanguíneos. As células do Endométrio morrem o que leva à destruição parcial do Endométrio, Fase Menstrual.
Caso ocorra fecundação e por sua vez gravidez, o ciclo menstrual é interrompido, pois células do embrião produzem um hormônio (HCG) que impede que o corpo amarelo se degenere e o Endométrio por consequência é mantido.
Há que ter em conta que tal como no homem o Hipotálamo não é só regulado por via hormonal mas também o é a nível nervoso, de tal modo que qualquer alteração a esse nível pode alterar por consequência também o ciclo menstrual.
Gravidez psicológica ou Pseudociese
Como o ciclo menstrual está intimamente ligado ao hipotálamo(o centro das emoções) um abalo psicológico ou alteração psiquiátrica poderia desencadear um desequilíbrio do ciclo menstrual, levando ao atraso menstrual. Iniciando uma falsa gravidez com todos os sintomas de enjôos, dor nas mamas e aumento do abdome. O tratamento é feito com o psiquiatra e psico-terapia de apoio.
Inseminação artificial
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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A inseminação artificial é a deposição mecânica do sêmen no aparelho genital da fêmea.
A inseminação intra-uterina ou inseminação artificial, utiliza-se em casos em que os espermatozóides não conseguem atingir as trompas. Consiste em transferir, para a cavidade uterina, os espermatozóides previamente recolhidos e processados com a selecção dos espermatozóides morfologicamente mais normais e móveis. A inseminação intra-uterina (IIU) foi introduzida em Portugal, em 1985, no Porto. Esta inseminação pode efectuar-se com esperma do casal ou, em caso de infertilidade masculina, com espermatozóides de um doador. Os critérios de selecção dos dadores são rigorosos, baseados em diversos exames relativos ao estado de saúde e da qualidade dos espermatozóides. Os espermatozóides podem ser crioconservados, permitindo organizar bancos de esperma nos hospitais e clínicas, para posterior utilização. A técnica de crioconservação implica diversas etapas. Primeiramente adiciona-se um crioprotector e em seguida os espermatozóides são imersos e guardados em criotubos a - 196°C, em azoto líquido. Cada tubo contém a quantidade necessária de espermatozóides para a inseminação. A crioconservação de espermatozóides é também efectuada em caso de ocorrerem problemas graves de saúde, com intervenções cirúrgicas, quimioterapia e radioterapia, que podem afectar a produção de espermatozóides do homem.
[editar] Inseminação Artificial
A inseminação artificial com espermatozóides do cônjuge (IAC) é um método antigo proposto diante da infertilidade do casal. Durante muito tempo empírico, este método consistia em depositar o sêmen do marido dentro da vagina, ou no colo do útero, no momento da ovulação. Os primeiros resultados parecem ter sido devidos a Hunter, médico inglês, no final do século XVIII. Nos anos 70 esta técnica foi bastante utilizada por numerosos ginecologistas e várias vezes com indicações não muito precisas, resultando uma taxa de sucesso bastante reduzida (2 a 4%). Com a chegada da fertilização "in vitro" nos anos 80 esta técnica foi temporariamente abandonada e considerada bastante arcáica. Entretanto, nos dias de hoje, a IAC encontra novamente o seu espaço no tratamento do casal infértil. Alguns fatos podem explicar este acontecimento:
• Um melhor conhecimento das diferentes etapas que precedem a fecundação;
• A tentativa de encontrar métodos mais simples e menos agressivos que a fertilização in vitro, hoje melhor conhecida e também tendo os seus limites.
Enfim, para uma indicação precisa da técnica de reprodução assistida mais indicada no tratamento do casal infértil é extremamente importante uma avaliação detalhada e um diagnóstico preciso do fator de infertilidade do casal permitindo assim maiores chance de conseguir a tão desejada gravidez. IAC se coloca entre as técnicas de reprodução assistida como uma técnica que permite optimizar as chances de gravidez, em casos com indicações bem definidas ( distúrbios ovulatórios; alterações no muco cervical; determinadas alterações na qualidade do sêmen) A Inseminação Artificial consiste em depositar os espermatozóides a diferentes níveis do trato genital feminino. Esquematicamente ela pode ser realizada segundo duas modalidades: Inseminação Artificial Intra-cervical (IC),coco Artificial Intra-uterina (IU).

Fertilização in vitro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na colocação, em ambiente laboratorial, (in-vitro), de um número significativo de espermatozóides, 50 a 100 mil, ao redor de cada ovócito, óvulo ou oócito, procurando obter pré-embriões de boa qualidade que serão transferidos, posteriormente, para a cavidade uterina.
Para a execução desta técnica exige-se uma prévia estimulação ovárica (ovariana) através de medicamentos adequados (gonadotrofinas) e acompanhamento médico regular (exames de ultra-som transvaginal e dosagens hormonais seriados), de forma a controlar os efeitos dessa estimulação e definir o melhor dia para a coleta dos oócitos. Cerca de 34 - 36 horas antes dessa coleta (ou captação) é administrada uma injeção de gonadotrofina coriónica (um tipo de hormônio produzido pela placenta) que provoca a maturação oocitária, vindo a permitir a sua captação por aspiração através de uma agulha especial. Essa captação é realizada com a ajuda do ultra-som transvaginal, que auxilia o médico a guiar a agulha em direção aos folículos ovarianos (pequenas bolhas de líquido situadas dentro de cada ovário e que contêm os oócitos) durante o porcedimento. Os oócitos assim obtidos são encaminhados ao laboratório de embriologia, anexo à sala de coleta, onde serão classificados e ambientados em um meio de cultura especial, sob condições de temperatura e pressão constantes (estufas especiais). Depois de 2 a 4 horas de ambientação numa estufa especial, os oócitos estarão prontos para a fertilização.
Quanto aos espermatozóides, estes são obtidos após uma coleta de esperma, por masturbação, sendo normalmente sujeitos a um tratamento prévio, em meio de cultura especial, para que sejam escolhidos os melhores em termos de motilidade e forma. Destes são seleccionados cerca de 50 a 100 mil, com motilidade progressiva rápida, para serem colocados ao redor de cada oócito. Quando há problemas graves com a quantidade ou qualidade dos espermatozóides, e o número é insuficiente para a fertilização in vitro convencial, considera-se a alternativa da realização de uma microinjecção intracitoplasmática de espermatozóides.
Após cerca de 16-18 horas os oócitos são observados para identificar o estado de fecundação e eventual progressão até pré-embriões de alguns deles. Já sabemos que após a fecundação (fertilização) forma-se o zigoto. A partir desse momento inicia-se a divisão celular para a formação do que denominamos pré-embrião. Assim, 24 horas (1 dia) depois da fertilização teremos pré-embriões com 2 células, após 48 horas (2 dias) teremos 4 células, após 72 horas (3 dias) teremos 8 células e assim por diante, numa divisão celular (clivagem) em progressão geométrica. A transferência desses pré-embriões para a cavidade uterina é então efetuada através de um fino tubo de plástico especial (catéter), após 2 a 5 dias da coleta dos oócitos. Normalmente transferimos 2 a 3 pré-embriões para a cavidade uterina. Entretanto, esse fato depende da idade da mulher e da qualidade dos pré-embriões. Assim, cerca de 10 a 12 dias após a transferência, fazemos o exame de sangue (dosagem de beta-hCG) na mulher, para identificarmos se a gravidez está presente.
Adoção (português brasileiro) ou adopção (português europeu), no Direito Civil, é o ato jurídico no qual um indivíduo é permanentemente assumido como filho por uma pessoa ou por um casal que não são os pais biológicos do adotado. Quando isto acontece, as responsabilidades e os direitos (como o pátrio poder) dos pais biológicos em relação ao adotado são transferidos integral ou parcialmente para os adotantes.
Na grande maioria dos países, o filho adotado possui os mesmos direitos de um filho legítimo.
No Brasil, a adoção é regida pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
• O adotante deve ser uma pessoa maior de dezoito anos, independentemente do estado civil, ou casal, ligado por matrimônio ou união estável.
• Além disso, a diferença de idade entre o adotante e o adotado deve ser de, no mínimo, dezesseis anos.
• Deve haver intervenção do juiz, em processo judicial, com participação do Ministério Público.
A adoção é irrevogável, mesmo que os adotantes venham a ter filhos, aos quais o adotado está equiparado, tendo os mesmos deveres e direitos, proibindo-se qualquer discriminação.
A adoção só se extingue em hipóteses especiais, por deserdação, indignidade, pelo reconhecimento de paternidade do pai biológico e pela morte do adotante ou do adotado.
Existem vários casos de adopção por casais do mesmo sexo no Brasil mas apenas após recurso aos tribunais.[1]
As crianças disponibilizadas para adoção, geralmente em Abrigos, devem primeiramente ser destituídas de suas famílias biológicas (destituição do Pátrio Poder) por meio de um processo legal levado a cabo pelo Juizado, publicado em Diário Oficial, para então, serem adotadas pela família pretendente (outro processo legal). A família pretendente passa por uma análise de assistentes sociais, psicólogos, Promotoria Pública, e recebe finalmente a guarda provisória do adotando. Após o final do processo de adoção, os pais adotivos são autorizados a substituir a certidão de nascimento original pela nova certidão de nascimento, em tudo igual à anterior, mudando-se somente os nomes dos pais, avós, e eventualmente o nome da criança. Data, local de nascimento são mantidos. Não pode haver referência ao processo de adoção na certidão de nascimento.

Testemunho de Inseminação Artificial 2

Sonhos

Fico a me perguntar, qto vale um sonho?? E a resposta nunca vem... Como todo casal, sempre planejamos nossa família, desde a época do namoro já contávamos com nosso bb eu só querendo 1 e ele 2, mas isso era o de menos, pois os dois queriam mto esse filho.
Nos casamos, curtimos bastante com viagens, festas, enfim, namoramos bastante, ate q é chegada a hora e a decisão, agora vamos ter nosso bb. Primeiro mês sem AC, crentes q seria esse mesmo mês q iríamos descobrir a gravidez, mas passa-se o tempo e a gravidez não chegava, fomos ao médico, e buscamos causas, e descobrimos baixa de espermatozoides e ovários micropolicisticos, nosso mundo caiu... Mas havíamos indicação de uma Inseminação Artificial, o que era isso meu Deus, em nossa família ninguém havia passado por tal procedimento, mas hj com o avanço da tecnologia, internet disponível não foi difícil entender, só não entendíamos o pq não dava certo o tto... Fizemos 1, 2, 3 inseminações artificiais, sem sucesso, nesse meio tempo qto investimentos fizemos, qtas lágrimas foram choradas pelo filho que não vem...
Fomos indicados então para uma FIV,....nossa que cara, quanta grana, não teríamos todo esse investimento, mas tentaríamos, se fosse o caso... qdo fomos acertar na clinica os valores , fomos surpreendidos por um ataque de ganância do médico, saímos de lá desapontados, pra ser mais exata, eu desesperada, e pensava, meu Deus como vai ser de agora pra frente??
Mas Deus fala através dos homens, descobrimos um outro médico q nos incentivou nova IA, eu já nem apostava mais nisso, já havia perdido a esperança nesse tratamento, mas fizemos, e recebemos o nosso gde POSITIVO, meu Deus q felicidade, finalmente o meu sonho, o nosso sonho havia transformado em realidade, fizemos o primeiro US onde pudemos ouvir o som mais belo de toda Terra, o coraçãozinho do meu bb, qta emoção, toda família, e amigos comemorando a chegada do nosso filhote, que infelizmente não nasceu, pois é tive um aborto retido na 8 semana da gestação.....
Nosso mundo caiu, tudo perdeu a graça, passei por uma curetagem, e naquele dia havia mulheres gemendo de dor no pós cirúrgico de cesariana, e eu em pensamento falava, Meu Deus, como eu queria estar sentindo as dores dessas mulheres, pq os filhos delas haviam nascido, e o meu havia se partido... A dor física passa, a dor na alma gera marcas, e com certeza essa história toda nos marcou demais...
Mas o tempo passa, e ameniza a dor, a vontade e o desejo por um filho é maior q tudo, e tentamos mais uma vez, novo tto, nova IA, só q dessa vez sem gdes comentários, preferimos nos resguardar, e para a nossa surpresa, Novo POSITIVO, eu demorei um pouco a acostumar com a idéia, tinha muito medo de passar de novo pelo trauma de toda história vivida e tal, mas muitos médicos nos diziam que o segundo seria mais difícil abortar, e eu fui acostumando com a idéia e tb passando a amar a minha segunda gestação, mas o q é bom dura pouco, aliás pouquíssimo... Ao completar a 5 semana, tive um sangramento, fui correndo ao hospital e lá chegando o médico não visualizou nada na US, foi aí q tive a certeza q estava perdendo o jogo novamente....
Infelizmente o segundo aborto aconteceu.... Hj eu me pergunto, pq?? Pq tem q ser tão difícil assim, Meu Deus?? Mas ELE sabe bem os motivos, talvez queira me testar, pra saber até onde vai a minha fé, a minha vontade de ser mãe, enfim, eu não posso questionar os designos de Deus na vida das pessoas...
Só sei q sofro, sofremos, e queremos e amamos muito esse filho, mesmo sem o conhecer, saber como será o seu rostinho, a sua mãozinha, e ouvir o seu coração de pertinho, mas a gente ama incondicionalmente...
Ainda me restam forças pra continuar na luta, mas hj me vejo como uma criança prestes a receber um presente já o próximo da fila, e qdo menos se espera aparece uma pessoa me puxa pelo braço e me leva ao final dessa fila, e ainda apaga a luz.....
Mas eu tenho certeza de que o caminho é árduo, mas a alegria da vitória é maior que ele, e sei o qto esse filho irá representar em nossas vidas.....
Iremos nos orgulhar de cd momento sofrido, de cd lágrima derramada, de cd oração feita, de cd dia contado para a data do seu nascimento, e teremos a certeza de que seremos felizes, mto felizes.....

Cássia

Desabafos

Oi Tati td bem?
Ontem eu fiquei pensando na minha situação e começei a chorar,
depois mais à noite eu vi seu e-mail e vi o blog lendo os depoimentos, chorei mais um pouco.
sempre pensamos que o pior aconteceu conosco depois vimos que teve outras
pessoas que passaram por coisas que so por Deus mesmo.
Eu chorei por lembrar de uma reportagem que vi de dois velhinhos em situação precária que
não tinham o que comer , a casa estava imunda pois não conseguiam fazer o serviço e
como não tiveram filhos, so contavam com uma sobrinha pra ajudar, a primeira vez que
vi pensei como se fossem meus avos e queria estar perto pra ajudar, depois vi a mesma
reportagem e olhei com outros olhos: imaginando uma situação parecida para minha vida, só nos dois
sem ninguem pra cuidar de nós.
Quando li os depoimentos vi que muitos pensamentos e atitudes são parecidas, entendi
todas, talvez pelo fato de ter passado por aquilo, mesmo que seja de forma diferente.
No seu depoimento penso da mesma forma, hoje eu desencanei, mas me pego pensando
como seria o quarto a decoração os rostinhos como me chamariam como me olhariam (penso em gêmeos)
eu corri atras do tempo, agora eu quero que o tempo corra atrás de mim.
Mas a minha esperança é o que esta no seu blog: mãe se assim Deus permitir, vou esperar
o milagre acontecer, mas não vou correr atrás, se não for da vontande Dele, paciência, um dia vou entender o porque.
Uma coisa te digo, não acredite nos médicos que dizem que com 35 / 36 anos sua taxa
de ovulação dificultará uma gravidez, parece que isso faz você correr atrás do tempo e querer
atropelar o ciclo natural, porque pra Deus nada é impossível, para ser Mãe não existe idade fixa, hoje estou
com 37 anos e me sentiria uma mulher de 19 anos pra ser mãe.
Desculpa o desabafo mas muitas vezes sorrimos, mas não seu se é de felicidade ou é para esconder
a tristeza, mas se olhar nos meus olhos e ver que é felicidade eu vou acreditar porque estou viva.

Desejo que este depoimento sirva de exemplo para muitas mulheres que passaram por isso e para nos
dar força.

Bjs

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Não posso ter filhos e daí?

E daí que o mundo parece que cai na cabeça, a gente fica sem chão, e muitos outros sentimentos vêm a tona, e daí que você vai ter que começar a explicar o porquê de não ter filhos para as pessoas que lhe perguntam: e ai quando você vai arrumar um bebe? Muitos perguntam só pelo fato de curiosidade, outros perguntam por que começam a achar estranho você ainda não ter “arrumado” um filho e daí começa as especulações como se fosse o fim do mundo, tudo bem que no começo a idéia de não ter filhos parece realmente o fim do mundo, o fundo do poço, mas com o tempo você começa a assimilar o que esta acontecendo e passa a procurar métodos e maneiras de tentar engravidar por vias naturais ou com a ajuda de especialista ou também através da adoção, e depois de todos os seus recursos terem terminado e você ainda não conseguiu passa a ver a vida com os olhos de como é “bom” não ter filhos, os passeios que você pode fazer sair sem ter hora pra voltar, não ter que se preocupar com nada se ta frio ou calor se tem cozinha onde você vai passar o final de semana, se tem cama, chuveiro quente, se a comida é boa entre outras coisas.
O fato de ter uma dificuldade para engravidar é um tabu ainda para muitas pessoas, e o casal às vezes tem vergonha de falar da dificuldade, às vezes a família (pai, mãe, sogra, sogro, cunhados, irmãos) tem vergonha de falar que seu parente tão querido tem dificuldades para ter filhos e sem contar a dificuldade de se tocar no assunto. Quando tocam querem saber todos os detalhes do tratamento se o casal esta fazendo, quer dar seu ombro para chorar e também sempre dizem “você vai conseguir”, só que às vezes o casal no caso acredito que mais as mulheres começam a sentirem se pressionadas com tantos questionamentos, sabem que não é por mal, mas incomoda. O fato de já não estar conseguindo engravidar já leva as mulheres em geral a sentimentos a flor da pele, é uma raiva, angustia, o coração torcido, remexido, um sentimento de impotência, de que todo mundo consegue as coisas e você não, um sentimento de que um buraco se abriu e esta sugando você La no fundo, daí você passa a olhar ao redor e ver mulheres grávidas com aquelas barrigas lindas (adoro barriga de grávidas) e você olha para dentro e você e sente um oco, um vazio, é uma sentimento que é difícil explicar que só quem já passou ou esta passando entende. As mulheres são as que mais sofrem com a dificuldade do casal não ter filhos.
Quando a gente descobre que não pode ter filhos a ficha não cai na hora, a principio achamos que esta alguma coisa errada e que vamos provar para o médico que ele esta errado, que essa situação vai mudar, na próxima menstruação você vai engravidar, ai que sonho...que desilusão vendo nossos sonhos e planos indo por água abaixo...porque os meses vão passando e nada, e nada de novo, e daí você entra em crise, crise existencial, crise de desespero o que vai ser? Porque que fulano ou sicrano tem filhos e eu não? Será que não seria uma boa mãe? Um bom pai? Porque que tantas mães jogam seus filhos em lixeira, lagoas, rios e eu não consigo ter um bebe, eu ia cuidar tão bem, porque que essas mães deixam seus filhos jogados por ai e eu não consigo engravidar, esse mundo é tão injusto, será que DEUS se esqueceu de mim? Será que meu marido vai largar de mim? Será que minha esposa vai largar de mim? E agora o que eu faço? O que eu faço? Simplesmente sentamos e choramos...choramos como crianças, choramos como adultos que tem uma decepção, choramos e choramos, lavamos a alma, depois disso a ficha cai, daí começamos a ver o mundo de maneira diferente. Diferente pelo olhar de ver uma criança nos colo de alguém e saber que nunca terei uma criança no meu colo uma criança minha, uma parte de mim, nunca poderei ir a uma festa de parque para ver uma homenagem a mim ou meu marido, nunca irei acordar de madrugada para ver se esta tudo bem, nunca vou levantar a noite para dar remédio e medir a febre, nunca vou buscar na escola, nunca irei numa reunião de pais para ouvir seu filho não esta indo bem nas aulas, seu filho conversa de mais, ou seu filho é excelente aluno, nunca terei de levar ninguém a uma festinha de aniversario, nunca levarei ninguém a uma “balada” nem terei de ir buscar na balada, nunca irei numa formatura de escola ver que parte de mim se esforçou, nunca serei confidente do primeiro beijo, do primeiro namorado, da primeira conquista, não terei de agüentar adolescente rebelde, nunca terei de mudar minha férias em função do vestibular, nunca verei um cabelo raspado porque entrou na faculdade, nunca verei, nunca verei muita coisa e nunca viverei tantos momentos que as vezes parecem bobos corriqueiros, mas que fazem toda a diferença. Depois disso tudo as coisas melhoram, ainda bem, pois precisam melhorar, criamos esperança, uma vela pequena mais acesa dentro do coração, mas essa esperança não perdemos e não podemos perder de que um dia quem sabe, podemos ter um filho, essa esperança nenhuma mulher que eu conheço e que tenha dificuldade de engravidar perdeu, esperança que faz muitas vezes conseguir levantar da cama e ver que o sol brilha lindo e forte e que mais um dia começa e que temos muitas coisas para fazer, muita coisa para se preocupar, que pessoas a nossa volta precisam de carinho, atenção. O nosso amor e nosso carinho que sentimos por uma coisa que é difícil de acontecer diria que quase impossível pode ser muitas vezes doado para outras coisas, como ser voluntaria de casa para crianças, idosos, associações de combate ao câncer, qualquer coisa que de um pouco de prazer e refresca a alma e a cabeça, faz com que nossos pensamentos se voltem para outras coisas e isso faz um bem, não só para quem recebe nossa atenção, mas para a gente também.
Sei que não é fácil mas não é tão difícil também, é um luto que temos que passar para não ficarmos amargas com vida, ninguém tem culpa dos nossos problemas, por isso não podemos descontar em ninguém.
Quando paramos de nos sentir “coitadinhas” a auto estima melhora e tudo a nossa volta também. Precisamos nos agarrar a alguma coisa e seguir em frente. Li uma frase da Cora Carolina que diz assim “Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade” acho que isso faz todo o sentido já que temos que esperar vamos esperar sorrindo e com alegria no coração nada vai adiantar ficarmos de braços cruzados, vamos arregaçar as mangas e seguir em frente

Testemunho de Inseminação Artificial

Bom agora vou contar a minha historia, como já deve ter percebido não tenho filhos, neste exato momento tenho 30 anos e já me frustrei muito por não poder engravidar, mas tudo na vida tem um para que, e o meu eu ainda não sei, mas ainda vou descobrir, vou começar a contar.
Meu nome é Tatiana estou com 30 anos, auge das mulheres que pretendem engravidar pela primeira vez, bom eu comecei a namorar meu marido eu tinha 16 anos e ele 20, o nome dele é Alex, namoramos por 7 anos e 8 meses para casar, casei em 2002, quando namorávamos sempre nos prevenirmos para não engravidar, depois que casamos decidimos que não íamos mais nos prevenir pois já estávamos casados e se por um acaso engravidasse seria muito bom apesar de não estarmos estruturados financeiramente, apesar de já morarmos na nossa própria casa ela ainda não estava pronta, mas isso não importa. Com forme foram passando os meses e eu não engravidava comecei me preocupar achava que eu tinha algum problema chorava toda as vezes que minha menstruação aparecia, muitas vezes chorava escondida do Alex porque para mim eu era pior mulher do mundo por não engravidar, de não poder dar um filho a ele. Mas o Alex nunca foi tão preocupado com a idéia de ter filhos para ele se a gente tiver tudo bem se não tudo bem também, ele sempre gostou de crianças. Os anos foram se passando fui ao medico varias vezes e todas as vezes o medico me falava a mesma coisa, “não posso, mas fazer exames, pois seu esposo precisa fazer o espermograma, porque do que vai adiantar eu pedir vários exames se no final ele tiver algum problema, o exame de espormograma é muito simples não dói e os exames que vou solicitar são doloridos desconfortáveis, por isso é melhor ele fazer o exame primeiro”, e ai o tempo foi passando, para mim uma eternidade, ate que em 2006 o Alex resolveu fazer o exame foi ao medico sozinho, quando voltou já vou com uma noticia não muito boa, pelo exame que o medico fez no consultório ele deveria ter um probleminha, “varicocele”, mas que era coisa simples, mas solicitou o exame de espormograma para ver como seria, o Alex não queria muito fazer, mas fez, no dia que pegou o resultado meu chão caiu, fiquei sem saber o que significava os resultados, a única coisa que entendia era que a classificação estava abaixo do péssimo, o Alex se fez de durão que estava tudo bem, mas via que não estava. Chegou o dia de ele ir ao medico, foi por volta das 10h00min horas na consulta, saindo de lá veio para casa, me olhou com um jeito que só de lembrar enche meus olhos de lagrimas e disse “é Tati não tem jeito não posso te dar o filho que você tanto quer”, naquela hora não sabia se chorava ou se o abraçava e dava força a ele, e foi o que eu fiz, o abracei e disse não se preocupe o que tiver que ser será, o medico disse que você tem o que? Tem tratamento? Daí disse que tinha varicocele, que os espermas quando saiam à maioria já estava morto e os que saiam vivos no caminho ficavam e não tinham forças pra chegar ao destino, mas que teria uma cirurgia que poderia fazer para resolver, daí ele marcou a cirurgia, não comentamos com ninguém que ele havia ido ao medico muito menos que iria fazer a cirurgia, íamos falar só na semana da cirurgia, mas nesse período minha cunhada, irmã do Alex engravidou, daí ele acabou contando, pois ficou com medo de alguém falar que era só por que a irmã tinha engravidado é que foi atrás para ver, bom chegou o mês de março de 2007 tão esperado e lá foi eu e o Alex para ele operar, fez a cirurgia em um dia no outro já saiu, reclamou um pouco de dor, ainda mais que os pontos de um lado inflamaram, mas passou, o medico disse que em 9 meses a 2 anos é que se tem o resultado da cirurgia e que depende de pessoa para pessoa, então eu imaginando e sonhando ao mesmo tempo “imaginava e tinha esperanças” que no máximo em 6 meses estaria grávida, mas não foi bem isso que aconteceu, o que aconteceu foi que no final de março minha outra cunhada esposa do irmão do Alex também engravidou, ao mesmo tempo que fiquei feliz por ela, pois também fazia muito tempo que estava tentando engravidar, fiquei com dor de cotovelo não posso negar, mas curti a gravidez dela tanto como se fosse a minha, quando o meu sobrinho filho da Irma do Alex nasceu foi emocionante mas ao mesmo tempo me imaginava no lugar dela e chorei, chorei muito sozinha sem ninguém saber, mas passou e prometi que quando o outro sobrinho nascesse não iria chorar, quando minha concunhada foi para o hospital ter o bebe lógico que fui junto, como já falei curti demais a gravidez dela, era como se um pedacinho de mim estivesse la dentro, isso porque laços de sangue não temos, mas eu iria ser madrinha, foi então que no dia 15 de novembro de 2007 meu sobrinho nasceu fiquei muito, mas muito emocionada, mas não chorei, me segurei o máximo que pude, mas quando cheguei em casa antes de dormir eu e o Alex começamos a conversar e chorei, chorei e chorei que nem criança, o fato de já ter passado 8 meses e não tinha engravidado me torturava comecei novamente a achar que tinha algum problema, daí fui ao meu medico solicitei um encaminhamento para um especialista na área ele me passou e disse que os dois eram ótimos e que era para eu ver qual que eu preferia os dois não são da minha cidade, cada um de uma cidade diferente, escolhei um e marquei consulta para janeiro de 2008, decidimos que não contaríamos a ninguém nem aos nossos pais nem a amigos que tentaríamos fazer tratamento, e no dia marcado fomos eu e o Alex, o medico passou um exame para o Alex fazer, levei os meus que meu medico tinha me passado (histerioscopia) daí depois que o Alex fez o exame ele nos aconselhou a fazermos uma Inseminação Artificial, então no mês de março comecei a tomar a medicação, fiz os ultrassons só que não foi possível fazer pois não ovulei do jeito que era necessário, no mês seguinte fizemos outro tratamento, só que ao invés de tomar uma medicação em dias alternados tomei medicação todos os dias, fiz os ultrassons necessários, e chegou o grande dia, fizemos nossa primeria IA, fiquei ansiosa com o resultado, torcia, rezava para dar certo, só que infelizmente não deu, me decepcionei, mas sabia que era difícil já de cara conseguir, passei por consulta novamente e o medico disse que tentaria só mais uma vez fazer IA e que depois só a fertilização, então lá fomos nos novamente para mais uma IA, no dia 27 de maio fizemos, só que novamente sem o resultado esperado, não preciso nem falar que chorei, chorei por não ter conseguido, chorei porque não queria fazer fertilização, chorei porque minhas chances de engravidar caíram por terra, mas me recuperei e eu e o Alex decidimos que não íamos tentar mais, deixaríamos como estava e que o melhor aconteceria. Passou uns três meses e deu formiguinha e decidimos que iríamos procurar outro especialista para ver a opinião dele, daí marquei consulta com o outro medico que tinha sido indicado pelo meu medico, e tinha uma amiga que também já havia ido nele, e la fomos nós em outra consulta, chegando lá o medico explicou tudo novamente, tudo o que o outro medico já havia explicado, só que explicou de maneira diferente, foi mais didático, solicitou uma bateria de exames tanto para mim quanto para o Alex, fizemos todos os exames, e voltamos nele, ai descobriu que eu tinha um cisto no colo do útero e que eu teria que fazer uma histerioscopia para retirar e só depois voltar nele, e ele disse que as vezes depois da cirurgia poderíamos tentar engravidar naturalmente já que o espermograma do Alex estava excelente, pois a cirurgia havia dado resultado, fiquei tão feliz, que não cabia em mim, o Alex não preciso nem falar de como ficou feliz. Então marquei a cirurgia, e resolvemos contar para todos que fizemos os tratamentos e que não deram certo, paramos de esconder isso tirou um peso das minhas costas, pois as pessoas da família e amigos sempre perguntavam porque a gente não fazia um tratamento e tinha que mentir ou melhor omitir, chegou o dia e fiz a cirurgia, o cisto estava em um local bem na entrada da trompa o que com certeza impedia o esperma entrar de um dos lados. Depois da cirurgia decidimos que não voltaríamos ao medico, e tentaríamos por um período engravidar naturalmente, hoje faz quase oito meses que fiz a cirurgia e ainda não engravidei, lógico que tenho esperanças de conseguir, só que a vontade de ser mãe passou um pouco, não sei dizer o motivo, só sei que passou, lógico que tenho vontade, as vezes me pego pensando como montaria um quartinho, as roupinhas, os nomes, os padrinhos e tudo mais, sempre tive vontade de ter gêmeos, mas hoje sei que daria muito trabalho, mas que é bonitinho é.
Já rezei tanto, já pedi tanto, minha mãe já fez novena de 9 meses, também já fiz só que de 9 dias, mas ainda não veio, talvez por não ser à hora certa, pois as coisas acontecem não no momento que a gente quer e sim na hora que Deus quer, só ele sabe os planos que tem para mim e para o Alex, enquanto isso não chega vamos levando a vida numa boa, agora sem stress, sem medo, mas com esperança de que um dia minha hora também chegue, enquanto isso vou fazendo a minha parte tentando fazer a vida das pessoas que estão ao meu redor mais feliz e mais fácil. E também convivendo com os quilos a mais que o tratamento me trouxe que agora não consigo mais eliminar, perder, são 12 quilos que não saem, isso é uma reclamação geral, tenho contato direto com 2 amigas que também fizeram tratamentos e tomaram hormônios assim como eu, e elas também reclamam que ganharam peso e que é muito difícil perde los, talvez seja pela ansiedade mas que eles não saem. Assim vamos levando nossas vidas com fé, esperança e amor e que seja feita a vontade de DEUS.

Testemunho de Fertilização 3

Quando somos crianças sempre temos sonhos que depois que crescemos e lembramo-nos do que sonhávamos vimos que tudo é diferente. Crianças sempre vêem tudo bonito e realizável.
Quando eu era criança meu sonho era casar com 21 anos e ter um filho, dependendo de como fosse poderia ter dois, mas quando crescemos vimos outra realidade que a vida nos leva. Casei-me com 31 anos e como todo casal que acabou de casar, resolvemos esperar uns dois ou três anos para ter filhos, primeiro curtir o casamento e depois planejar uma família. Depois de três anos decidimos que seria o momento, mas a ansiedade foi tanta que atrapalhou um pouco para eu engravidar. Depois de cinco meses ficamos na expectativa, pois minha menstruação estava atrasada e marquei medico. Antes de ir ao médico resolvi fazer o teste de farmácia e deu positivo. Ficamos super felizes que fomos ligando pra todos dizendo a novidade. Fui ao médico e pediu o exame de sangue pra comprovar e um ultrassom, mas para nossa surpresa estava com um embrião de 6 semanas na minha trompa, como nunca tinha ouvido falar em gravidez ectópica imaginei que fosse uma gravidez de risco e fique pensando que teria de fazer muito repouso, mas foi pior, o médico disse que teria que retirar pois não tinha condição de gerar um embrião na trompa, ela se romperia levando a uma hemorragia e poderia levar a morte. Sem saber direito o que estava acontecendo, fui para o hospital chorando para retirar o embrião.
Passado esse susto a uma semana de recuperação meu pai foi hospitalizado com AVC e vinte dias depois chegou a falecer, mais um susto e meio perdida com tudo o que estava acontecendo. Retornei ao médico e me explicou as causas, mas parece que não se encaixava em nada no meu histórico de saúde e me pediu 6 meses para tentar novamente e exame da outra trompa (histerossalpingografia) para verificar se estava tudo bem. Com quatro meses fiz o exame e levei ao médico e de imediato já me liberou para engravidar fiquei tão feliz que no mês seguinte fiquei grávida. Quando cheguei ao médico ele nem acreditou, mas foi só sentar na cadeira de exame e ver a expressão do médico que comecei a entender que tinha alguma coisa errada. Pediu-me outros exames como ultrassonografias, exame de sangue que fiz em caráter de urgência no hospital, para tristeza constato que a gravidez estava involuindo e estava abortando, mais tristeza e choro, fui embora e o medico me disse que menstruação virei há alguns dias e não teria necessidade de fazer curetagem. Depois de uma semana minha menstruação não veio e liguei para o medico, ele me disse que meu corpo poderia não ter “entendido” que tinha abortado e os hormônios estavam altos, pediu o exame de sangue e para minha surpresa e do medico também estava alta a taxa acusando que estava grávida, fiquei apreensiva e depois de vários exames de sangue, ultrassonografia que só acusava um mioma, que poderia estar retardando a menstruação descer, mais exames sangue e a taxa subindo, e eu confusa, pois ele não via nada na trompa nada no útero e nem fora. Até que num domingo me deu cólicas fortes e a menstruação desceu, mas passou a cólica e parou o sangramento. Na segunda feira de manha consegui encaixar um horário e fui ao medico para ver o que estava acontecendo, não tinha sangramento e nem dor, o medico resolveu que seria o momento de fazer uma videoparaloscopia e eu relutante querendo esperar mais um pouco, achando que a menstruação fosse realmente vir, mas acabei marcamos para uma quarta feira a cirurgia e fui embora, esperando que a taxa pudesse abaixar o voltar tudo ao normal. Mas... À tarde eu tive uma cólica tão forte que achei que não conseguiria chegar ao telefone para ligar para alguém vir me socorrer e com muito custo, suando frio com uma dor que nunca senti antes, cheguei ate o telefone e liguei para meu marido ele me levou para o hospital no meio do caminho liguei para o médico e chegamos juntos no hospital. Ele receitou um medicamento para dor e pediu mais um ultrassom e quando feito com o aparelho no abdômen constatou mais uma gravidez ectópica nem tive reação, pois estava com tanta dor que nem conseguia chorar, sai da sala de exame e fui direto para sala de cirurgia. Depois deste susto, pois poderia de ter morrido o embrião estava com 8 semanas, escondido atrás do mioma que rompeu a trompa e tive hemorragia por isso tamanha dor. Foi uma cirurgia um pouco mais complicada, mas ocorreu tudo bem graças a Deus, mas perdi minha outra trompa. A minha única forma de engravidar seria através de fertilização in vitro (bebe de proveta), 6 meses depois de liberada fui procurar médicos de reprodução. Como meu histórico não era dificuldade em engravidar já parti direto para o tratamento. Parecia tudo ocorrer bem: meu organismo respondeu super bem ao estímulo e os óvulos estavam crescendo que ficamos tão felizes, pois parecia que estava caminhando para dar certo. Na coleta dos óvulos tive 11 óvulos, mas só 4 embriões de qualidade B. Coloquei 2 e congelei 2, como tudo estava caminhando certo esperávamos o melhor resultado, mas para frustração e tristeza o tão esperado positivo não veio. Deu um tempo pra mim e antes de descongelar os outros 2 embriões resolvi procurar uma tratamento alternativo e fui fazer acupuntura para ajudar na ansiedade e medos que pudessem atrapalhar a nova tentativa . Fiz tudo que achei que deveria fazer e fui mais confiante para implantar os outros 2 embriões, fiz tudo certinho tomei o medicamento para engrossar o endométrio e parti para a implantação, mas infelizmente não tive sucesso e mais uma vez bateu a tristeza e a frustração.
Várias perguntas são feitas, mas a resposta esta somente com uma pessoa: Deus, e Ele sabe o que é bom para nós e no momento certo teremos nossos filhos.

R.C.A.M.

Testemunho de Fertilização 2

O MAIOR SONHO DA MINHA VIDA

Meu nome é Fernanda Santos da Silva, tenho 31 anos e moro em um bairro simples de Campinas.
Tudo começou assim...
Aos meus dezoito anos conheci meu futuro esposo, Sidnei em uma festa de aniversário (o meu). Começamos a namorar e depois de 2 anos fomos morar juntos.
Foi aí que então começaram os meus problemas, queria muito construir uma família e em Junho de 1997 parei de tomar o meu anticoncepcional, meses iam e vinham e nada, comecei a ficar preocupada, Fui buscar ajuda médica.
Fui ao posto de saúde do meu bairro, a onde passei com o Dr.Elson que me indicou um remédio para estimular a minha ovulação. Passaram-se 2 meses e no terceiro a surpresa...estava grávida. Foi o dia mais feliz da minha vida, passei em uma floricultura comprei 3 botões de rosa e quando cheguei em casa as deixei em cima da mesa, meu esposo chegou do trabalho falei para ele que haviam mandado entregar aquelas rosas para ele.
Bom, ele machista já falou:
Homem não ganha flores, quem foi o louco(a).
Mas junto com as flores eu havia deixado um bilhete dizendo:
Parabéns... Você vai ser Papai!!!!
Fiquei horrorizada com suas palavras, pois jamais esperava isso dele.
Ele disse:
PT que o pariu!!! Você está grávida...
Aquilo foi a morte para mim, pois havia dito a ele que iria ser Pai e ele havia jogado um balde de água fria em mim. Chorei muito e disse a ele:
Poxa Sidnei, acabei de dizer que vc será Papai e assim que você fala, deixei passar alguns dias.
Aí então acho que para se regenerar me trouxe um vasinho de flores me dando os Parabéns, fiquei doida mas fazer o que.
Passaram-se alguns dias e comecei a sentir dores na barriga, e perde sangue, fiquei com muito medo e fui a Maternidade, Lá me avisaram que eu estava com ameaça de aborto e fiquei de repouso pois havia marcado médico para fazer uma ultrasson somente para o dia 16/11/01, mas não deu tempo.
Na madrugada do dia 15 para o dia 16 vieram as contrações, uma após a outra e sangue e mais sangue, até que teve uma hora que a dor foi tão forte que caiu um pedaço no vaso e comecei a chorar, no fundo eu sabia que ali o meu sonho tinha se perdido. Fiquei triste pois naquela noite o Sidnei se quer levou para me socorrer com dois carros na garagem um do trabalho e outro nosso e nada. Passei a noite em claro louca para ir logo fazer a ultrasson , esperando que o médico ainda me desse uma boa notícia.
Engano meu.
O Dr.Pedro Serafim começou na me examinar e disse:
_Não tem mais nada aí... e comecei a chorar e ele novamente:
_Você não tem ciclo todos os meses e eu disse que sim.
Ele então me falou:
_Não adianta chorar, como você tem ciclo normalmente vai engravidar de novo.
Mas não era ele né, quem estava passando por isso, fácil falar.
Fui embora arrasada, chorando com a minha mãe e meu sobrinho. Assim que estava chegando em casa o Sidnei apareceu e perguntou e aí???
E eu disse: E aí nada... não tem mais nada... perdi...tá satisfeito e entrei.
Foram dias horríveis, parecia que a vida havia perdido todo o sentido.
Mas o tempo se passou...
Comecei a ir em busca de respostas, o porque de eu ter perdido o meu bebê, gastei muito dinheiro com exames, fiz até Video-Laparoscopia e não tinha nada.
Até que encontrei Dra.Daniela Castanho e ela disse que eu jamais poderia ser mãe através das vias normais, que teria que faze r inseminação (FIV) e parti para ela.
Mais uma decepção... não deu certo.
Algum tempo depois fiz novamente e nada.
Até que cheguei no Inseminação artificial (FIV)
Me lembro bem daquele dia, a Dra.Daniela me dizendo que aquela era a única chance de eu realizar o meu grande sonho e fomos atrás.
Gastei horrores, pois a medicação era muito cara.
No grande dia foram retirados 04 óvulos. Voltei para casa e após 2 dias voltei para a implantação dos embriões que já eram somente 03 pois um foi descartado.
A médica chegou a me dizer:
_”Parabéns mamãe” .E me senti a mulher mais feliz do mundo.
Após quinze dias fui fazer o exame Beta-HCG para saber do resultado e mais uma vez...
Nada.
Tomei Amoxicilina e me deu reação alérgica, foi tudo abaixo.
Fiquei desesperada, parecia um pesadelo.
O meu esposo disse que nunca mais iria tentar e que bastava.
Mas a minha vontade de ser mãe falou mais alto...nos separamos.
Falei a ele que só voltaríamos um dia se ele quisesse construir uma família comigo.
Após 03 meses ele me procurou e nos reatamos.
Fomos a procura do Dr.Walter Pinto Junior-Geneticista.
Ele disse que comigo estava tudo em ordem que iriamos investigar o meu esposo...
Bingo!!!
Fez alguns exames e foi detectado que ele tinha contagem baixa de espermatozóides, a vitalidade era 0%.
Ele entrou em tratamento durante 03 meses tomou o ácido fólico e foi o suficiente para o exame dele dar uma reviravolta.
Mas mesmo assim teria que ser através da inseminação artificial que seria mais simples e marcamos. Para me ajudar participei do Programa Acesso da Vidalink e consegui comprar a medição bem abaixo do preço.
Comecei a fazer as aplicações para indução da ovulação, eu mesma quem aplicava, era dolorido, mas valia a pena.
Ele e sua equipe me passaram muita segurança.
CHEGOU O GRANDE DIA... DA INSEMINAÇÃO!!!
Nem dormi direito, acordamos cedo e o Sidnei foi colher o exame para fazermos a Inseminação. Fomos muito bem recepcionados pelo Dr.Walter.
Fomos para a sala de inseminação, ele me deixou muito feliz , disse que eu estava ovulando muito. Colocou o sêmen e pediu para eu ficar deitada por uma hora e depois fomos para casa.
Na minha mente eu nem imaginava que poderia dar certo, pois foram tantas as tentativas frustradas que até parecia impossível.
Esperei 15 dias e fiz o exame e pedi para uma amiga puxar o resultado pela internet, pois não queria nem ver. Tinha dado Negativo, mas foi aí que caiu a minha ficha, havia feito o exame errado, por não ter um mês de atraso deveria ter feito o Beta-HCG Quantitativo, que sairia a quantidade de hormônios .Conversei com a moça do laboratório e ele me confirmou que eu havia feito errado. Mas na minha mente no fundo eu já tinha certeza que tinha dado tudo errado novamente.
No dia seguinte repeti o exame, e no outro a surpresa!!!
GRAVIDISSIMA.......................................
Fiquei sem chão, parecia mentira, corri para a Recepção e fui abraçar as meninas gritando...
Gente deu certo estou Grávida e comecei a chorar de emoção.
Avisei toda a família, foi o máximo.
Como era uma gravidez programada fiz logo um ultrasson e aí outra surpresa!!!
O médico me disse:
Tem duas bolinhas aqui... dois sacos gestacionais, você está esperando dois bebês.
Fiquei parada, sem reação, nem passava pela minha cabeça estar de gêmeos, porque engravidar já estava tão complicado e a benção veio em dobro.
Quando contei para os meu familiares eles adoraram foi demais.
Tive enjôo 3 meses contados, passava mal somente á noite, mas até o 6 meses e meio foi tudo bem, depois tive que me afastar, os danadinhos queriam vir antes da hora.
Tomei uma injeção para madurar os pulmôezinhos dele e quando completei 35 semanas e 2 dias eles chegaram. Tive Pré-Eclampsia, mas graças a Deus ficou tudo bem.
O jhonatan chegou com 2,200Kg e o Rafael 1800Kg, eles eram muito pequeninos, mas lindos.
Ficamos 10 dias para o Rafael ganhar peso e eu me recuperar da pressão alta.
No dia em que fomos para casa foi só alegria.
Vida nova.
Agora em quatro. Somente o Jhonatan que mamou o Rafael não pegou de jeito nenhum, mas hoje eles estão aí, lindos.
Hoje eles são a razão do meu viver, não me imagino mais sem eles, são o melhor de mim.
Como eu costumo dizer a palavra AMOR é pouco para decifrar o que sinto por eles.
Bom diante disso tudo, o que tenho a dizer a todas as mulheres que sonham em ser mãe, mas que tem alguma dificuldade no caminho, não desistam, pois acho que é isso mesmo que Deus quer de nós. Para que nunca desistamos dos nossos sonhos.
E vou falar para vocês se eu tivesse que passar por tudo que passei de novo para ter os meus pequenos nos meus braços, faria tudo novamente. Tem que ter muita força, pois na maioria das vezes não dá certo na primeira tentativa. Principalmente nós mulheres sofremos um desgaste muito grande, pois é muita medicação, ultrasson, correia para saber como está a ovulação. Então, temos que estar firmes e prontas para essa decisão.
Pois ser mãe é maravilhoso, é um sentimento mágico olhar para eles e falar... esses são meus filhos e escutar eles te chamando de mamãe, te dar um abraço , um beijinho , um carinho.
Hoje o meus amores tem um ano e cinco meses, falam pra caramba, adoram bola e principalmente ir pra rua passear. Gente, ser mãe é TUDO QUE UMA MULHER MERECE SER, pois é Divino.
NUNCA DESISTAM, PERSEVEREM, DEUS NUNCA DESISTE DE NÓS E NÓS NÃO DEVOS DESISTIR DELE NUNCA.
VÃO EM FRENTE...
MAS LEMBREM...
QUANDO QUEREMOS ALGO, É SEMPRE PARA ONTEM, MAS TUDO ACONTECE NO TEMPO DE DEUS, SÓ FUI ABENÇOADA QUANDO ENTENDI ISSO...AFINAL FORAM 12 ANOS DE ESPERA E FUI ABENÇOADA EM DOBRO.

TENHAM FÉ...
DEUS ESTÁ COM VOCÊS!!!



FERNANDA SANTOS DA SILVA 29/06/2009
OS MEUS PEQUENOS CHEGARAM NO DIA 08/01/08
JHONATAN ÁS 01:10 HORAS
E O RAFAEL ÁS 01:13 HORAS
HORA DO MEU RENASCIMENTO......................
HOJE SEM DÚVIDA NEHUMA SOU UMA PESSOA BEM MELHOR DEVIDO Á ELES.!!!!!

Testemunhos de Fertilização

Um sonho....

... tudo começou quando estávamos (eu e Pedro) pedindo uma carta de sanidade física a um médico.... esse documento é necessário para adoção de bebês, esse era nosso único propósito.... devido que o meu marido é vasectomizado, e após passado por alguns médicos em nossa cidade foi descartado a reversão pelo tempo da vasectomia (+ de 10 anos). Esse médico comentou sobre tratamentos semi-gratuitos em SP – UNIFESP e ai foi.... Depois de várias tentativas conseguimos ingressar no programa, passamos por palestras, por vários exames, exames terríveis (dor), muita espera (SUS), um estresse total, até entrarmos para a “fila de espera” para ai resolver o q seria feito: tentativa de reversão ou fertilização.
Durante essa espera passamos por especialista em Rio Claro - mas a FIV teria que ser feita em SP, e já estávamos “traumatizados” com SP (transito, pessoas frias, estresse total) então descartamos....
Ainda na espera resolvi a pedir opiniões a outros ginecos e indicaram um profissional de Campinas e resolvemos a fazer a primeira tentativa, só que ele nada profissional nos deu a opção de tentarmos uma IA (Inseminação Artificial) como seria bem mais “barato” e nós totalmente ignorantes aceitamos, fizemos e não deu certo.... lógico!!!!
Ai..... “voltei” no meu gineco. e ele recomendou a Clínica de Reprodução Humana de Campinas, passamos por várias consultas, exames, hormônios,.... enfim a primeira FIV, fizemos como maior sigilo, pois tínhamos a certeza que dessa vez daria certo, mas infelizmente depois de 12 dias de angústia o resultado NEGATIVO! Difícil.... mas nesse período para mim era tudo ou nada ...... então como tínhamos 2 embriões congelados após 30 dias já estava tomando outro tipo de hormônio necessário para a transferência, sabíamos q no descongelamento poderia “perder” os embriões.... mas fomos firmes e fortes no dia do descongelamento aquela tensão mas o médico me ligou q eles tinham suportado ... eba! Fomos no dia seguinte para a transferência, prontos – de jalecos e toucas nos cabelos (eu e Pedro) o médico entra no quarto e nos dá a notícia que os embriões regrediram.....e não valeria a pena a transferência....mas uma frustração! O pior q dessa vez a família toda sabia e todos na maior expectativa.......
Só então depois de 2 anos na espera a Unifesp nos ligaram ... mas ai quem não quis saber mais fomos nós..... demos um tempo para a cabeça e principalmente ao financeiro.... e após 3 meses estavamos nós em Campinas novamente....
... Consultas, exames, ultrassons, hormônios, irritação total,....mas tudo pronto p nossa segunda FIV, e assim foi .... 12 dias de tortura e chega o dia 29/02/2008, entrei na net 200 mil vezes e nada.. já não acreditava, mas quando o resultado apareceu, foi maravilhoso: POSITIVO!!!! e ai só alegria..... avisar a família, os amigos, primeira consulta pré natal, exames, tudo indo perfeitamente...., primeiro ultrasson e mais alegria: eram gêmeos! Os batimentos cardíacos! Que emoção! Os enjôos, vômitos, diarréia, ânsia, desejos,.... , tive de tudo, ai meu médico achou melhor me afastar p me poupar um pouco, pois estava emagrecendo devido aos sintomas da gestação... mas tudo estava muito bem! Passou o primeiro trimestre que alegria... Ufa, tudo em ordem! Eu me sentia melhor voltei a trabalhar... logo no final do quarto mês os senti se mexendo, que sensação “estranha”... deliciosa!! e ai a ansiedade de saber os sexos.... mas com 20 semanas (16/06) fizemos o ultrasson e a emoção maior: um casal!!!! Lindo eles brincando, com tamanhos e peso como se fosse uma gestação de um bebe! a médica nos deu os parabéns, pois a gestação estava já na metade e os bebes perfeitos!! A felicidade estava completa.... foram 11 dias apenas... mas dias de só alegria.... quando na tarde do dia 27/06 senti uma secreção gelatinosa saindo todas as vezes q ia no banheiro, então resolvemos ir no PA p escutar a opinião de um profissional..... ele fez um exame e verificou que estava com dilatação... as palavras jamais sairam da minha cabeça... “isso não é bom, nada bom...” e o desespero tomou conta de todos... Foi descoberto que eu tenho IIC Incapacidade Istmo Cervical, o cólon do útero dilata a qualquer momento na maioria das mulheres é até o terceiro mês que ocorre e acontece de uma hora p outra, só se descobre na primeira gestação, as vezes assim como no meu caso sem ter chances de reverter .... mas ai as esperanças eram cd vez menor a cd minuto.... fiquei internada tomando medicamentos p tentar segurar mas td em vão.... no dia 30/06 por volta das 16 hs estava fazendo minha curetagem..... após mtaaaaaaaaaa dor!!!! Que dor terrível!!! dor na alma, dor física, tds os tipos de dores possíveis!Os médicos disseram que a dor que senti foi pior que um parto normal... e em dobro!.... Foi terrível, é terrível, e acredito que jamais esquecerei td q passei.... mas não acabou ai minha estória não.....kkk.
No primeiro momento nem podia ouvir falar em outra FIV... mas foram passando os meses e a vontade louca de ser mãe que nunca “sossegou” começou a “coçar” e vamos nós de novo..... mesmo sabendo que teria que fazer mto repouso, praticamente absoluto a partir da cerclagem (ponto no cólon do útero), que seria feita após o primeiro trimestre, mas dessa vez disse: “é a última!!”, pois tinha mta certeza que daria certo....E partimos para os exames, ultrassons, hormônios, ...., td de novo e assim fizemos nossa terceira FIV..... e infelizmente Negativa!.... é uma mistura de sensações que só quem já passou entende.... depressão, incapacidade, revolta, derrota, ..., enfim, sentimentos profundos de mta tristeza. Nesses momentos só existe uma coisa que tem razão ... é DEUS, Ele é o único capaz de nos erguer de verdade.... a família, os amigos ajudam mto, mas como em tds as ocasiões DEUS nos auxilia!

Ahh!! Esqueci de comentar no ínicio, antes de tds os procedimentos para engravidar demos entrada no processo de adoção, fizemos as entrevistas com psicólogas e assistente social, foi autorizada nossa adoção .... mas desde 2004 estamos também a espera de nosso bebê, ou seja há quase 5 anos na fila e nada.....

Existem situações na vida que passamos que realmente não há explicação e as vezes penso que é bom que nem tenha msm... existem sim os para quê..... uma coisa é certa, em outra (s) vida (s) com certeza fui uma péssima mãe..... e nessa eu vim para valorizar o qto a maternidade faz falta na vida de uma mulher que sonha em ser mãe. Hoje não tenho condições (psicológicas e financeiras) para mais uma tentativa.... infelizmente ou felizmente estou traumatizada, tenho medo..... e tenho fé que serei mãe.... e realizada através da adoção, só peço que não demore ainda mto tempo....

Mas a você que está lendo e talvez precise do mesmo tratamento jamais desista antes mesmo de tentar, pois me sinto em paz por ter lutado até ter esgotado minhas condições, força... Boa sorte, espero que vc tenha mto mais sucesso que eu tive.... mas uma coisa eu digo de td coração meus bebês foram mtoooo amados, e serão.... valeu a pena!!!
Espero mto em breve estar trocando experiências com mamães, cuidados, educação,....realizando-me!...



Fernanda Massaro

Sonho de ser Mãe

Hoje dia 05 de novembro de 2009 começo uma nova etapa.
Etapa esta que quero compartilhar com todos principalmente com aquelas
mulheres que tem o mesmo sonho que eu de um dia Ser Mãe, sonho este que espero
um dia poder realizar.
Estou criando este blog para poder contar a minha história e também algumas que conheço de
perto e também oferecer ajuda para desabafos, pois só quem quer ser mãe e nao consegue, sabe
a dureza que é, a pressão psicologica que sofremos voluntaria e involuntariamente.
Quero fazer deste blog um ponto de encontro de todas as pessoas que passam por isso e também aquelas que se interessam pelo assunto.
Será um desabafo meu, uma aceitação minha, um ponto que as vezes machuca, outras passa desapercebido, momentos de fúria, momentos de calmaria, desejo a flor da pele em ser mãe, desejo controlado. Quero deixar aberto para que todos possam escrever seus altos e baixos assim como os meus.
Bom de inicio é isso.
Vamos lá força e fé em Deus que o que tiver que ser será...