sábado, 13 de novembro de 2010

extraido do blog quero ser mae de claudia colluci
04/10/2010
E o Nobel da medicina vai para o "pai" da fertilização in vitro

O professor emérito da Universidade de Cambrigde, Robert Edwards, 85, criador do método para fertilização in vitro, concebido em 1978, recebeu o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2010. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela Fundação Nobel, no Karolinska Institutet, em Estocolmo.

Graças ao trabalho de Edwards, muitos casais venceram a barreira da infertilidade e mais de 4 milhões de bebês de proveta já foram gerados no mundo.

A proeza de Edwards torna-se ainda maior quando olhamos para a história da infertilidade. Até que a medicina encontrasse soluções para o problema, há 32 anos, foram séculos e séculos de sofrimento.

Ao longo da história, mulheres inférteis foram submetidas a penas severíssimas por sua incapacidade de conceber. Em algumas culturas ancestrais, era permitido aos homens que enforcassem as esposas que falhavam no quesito procriação. Na Inglaterra da Idade Média, um homem podia "denunciar" sua mulher e anular um casamento se ela não engravidasse em um ano.

Em tempos mais recentes, na Índia, mulheres inférteis eram "condenadas" a se sentar numa cadeira ao lado do fogão até que se queimassem. Embora a infertilidade seja um problema conjugal, a culpa principal sempre recaiu sobre a mulher. Luís XIV, Rei da França, marido de Maria Antonieta, era notoriamente estéril, no entanto, por anos o povo da França permaneceu convencido de que a infertilidade real recaía sobre ela.

Em 28 de julho de 1978, o anúncio do primeiro bebê de proveta foi recebido por um misto de perplexidade e assombro , as manchetes da imprensa mundial no dia 28 de julho de 1978 saudavam o início de uma nova era. Pela primeira vez na história, um ser humano era concebido fora do corpo.

Três décadas depois, a sensação é que ainda falta um grande novo salto na área da reprodução assistida. Os índices de sucesso dos tratamentos estacionaram nos 30%. O grande mistério, de como melhorar as taxas de implantação do embrião no útero, continua a ser desvendado.

Escrito por Cláudia Collucci às 15h06

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